Batistenses faltaram a 58,66% dos procedimentos agendados via Estado em 2018
Ausências contribuem para crescimento das filas de espera pelo SUS, além de gerar gastos desnecessários ao poder público
Os batistenses faltaram a 1.158 dos 1.974 procedimentos especializados agendados via Estado em 2018. As ausências, que equivalem a 58,66%, contribuem para o crescimento das filas de espera pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, geram gastos desnecessários ao poder público, já que são despendidos recursos para pagar um profissional que não pôde prestar seu serviço – e que também teve seu tempo desperdiçado.
“As pessoas precisam se conscientizar que a atitude delas pode ajudar a salvar vidas. Por isso, pedimos que, quem não precisa mais de determinada consulta, exame ou procedimento, desmarque. E, quem não pode comparecer, avise pelo menos 48 horas antes. Esta antecedência é importante para que possamos reorganizar o transporte”, comenta a secretária municipal de Saúde, Karin Leopoldo.
Ela ainda destaca que, mesmo que em menor grau, o problema afeta também a rede de atenção básica do município. Na Clínica do Povo, por exemplo, o índice de faltas foi de 19,75% em dezembro e de 8,11% em janeiro. Já dentro do programa Saúde do Trabalhador, desde o lançamento em março, foram registradas ausências em 12,50% das consultas e 16,67% das cirurgias agendadas. Já nas unidades básicas de saúde, o índice de faltas, entre janeiro e fevereiro deste ano, foi um pouco menor, ficando em 2,46%.
SUS sem Falta
O problema, inclusive, motivou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) a lançar campanha institucional “SUS sem Falta”. Lançada no início deste mês, a campanha tem como objetivo conscientizar a população e melhorar esse cenário. Conforme levantamento do MPSC, a partir de dados das secretarias estadual e municipais de Saúde, atualmente mais de 900 mil pessoas estão no aguardo de exames, consultas e procedimentos cirúrgicos no âmbito do SUS em Santa Catarina.
Outro dado interessante evidenciado pela campanha é o do impacto financeiro gerado pelas faltas. Somente em ano de 2016, o gasto foi de R$ 13,4 milhões, considerando-se apenas as 20 unidades sob a responsabilidade do governo do estadual e as unidades dos municípios com mais de 100 mil habitantes. Mais detalhes sobre a campanha podem ser conferidos no site www.mpsc.mp.br.