Febre amarela: mortes de macacos em SC reforçam alerta para vacinação

Em São João Batista, doses são disponibilizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Centro e do bairro Jardim São Paulo

 

Em apenas 20 dias, Santa Catarina registrou 64 mortes em primatas suspeitos de febre amarela. A maioria dos casos foi concentrada nas regiões do Planalto Norte (nos municípios de São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho) e do Médio Vale do Itajaí (Pomerode, Blumenau e Timbó). Como comparação, ao longo de todo janeiro de 2019, foram notificados 20 óbitos de macacos, porém nenhuma delas confirmada para a doença.

As causas das mortes deste ano ainda estão sob a análise do Instituto Carlos Chagas Fiocruz do Paraná, laboratório de referência para Santa Catarina. Como precaução, uma nota de alerta foi divulgada nesta semana pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC).

O documento reforça a importância da vacinação como forma de se proteger contra a doença. Em São João Batista, as doses são disponibilizadas rotineiramente, de segunda a sexta-feira, em duas unidades de saúde. Na UBS Centro (rua Gilson Geraldo Sartori, 411), o horário de atendimento é das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h. E, na do Jardim São Paulo (rua Tibúrcio Taurino Bozzano, s/nº), o atendimento é das 7h30 às 12h e das 13h às 16h30.

É necessário apresentar Cartão do SUS e a Carteirinha de Vacina (se tiver). Todas pessoas com idade entre nove meses e 59 anos devem tomar a vacina. Quem tem mais de 60 anos deve apresentar prescrição médica.

 

Febre amarela em SC

No dia 28 de março de 2019, Santa Catarina confirmou o primeiro caso de febre amarela autóctone (contraída dentro do estado) em humano. O paciente era um homem, de 36 anos, que não havia se vacinado e morreu. Ele morava na localidade de Pirabeiraba, em Joinville, no Norte do Estado.

O segundo óbito em humano por febre amarela em SC foi registrado no final de junho do ano passado. O paciente era um homem, de 40 anos, residente em Itaiópolis, no Planalto Norte. Ele também não tinha registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI).

Com relação aos primatas, foram notificadas, no ano passado, 353 mortes de macacos em 77 municípios. Dessas, seis tiveram a causa da morte confirmada por febre amarela (Garuva, Joinville, Indaial e Jaraguá do Sul).

Conforme destaca a Dive/SC, é importante que quem encontre um primata morto ou doente notifique imediatamente a Secretaria Municipal de Saúde, já que são os macacos os primeiros a adoecerem por febre amarela. Isso sinaliza a presença do vírus na região e norteia o trabalho das equipes de vigilância.